A visita final do tour foi na verdade a paragem de que mais gostei. Talvez não necessariamente a melhooor, pois é um lugar pequeno, mas a atmosfera é muito agradável e o lugar é bom de estar.
Ao sair de Agra meu destino seguinte foi Rishikesh, já no alto da Índia, perto do Himalaia. Quase na fronteira com a China e o Nepal. (Praticamente Jamiel, hehehe. Na verdade quase, pois Rishikesh são ainda as colinas; mais pra o norte perto da fronteira é que as montanhas de 7 mil, 8 mil metros começam de verdade).
Mas lugar muito agradável, onde passa o Ganges ainda novo e - pasmem - limpo. Colinas ao redor, friozinho de montanha, e um bom ar. Rishikesh se auto-denomina a capital mundial do yoga. E de fato deve ser mesmo. Por toda parte você vê anúncios de aulas de yoga (inclusive para já professores), tai chi, reiki, medicina alternativa... Pra quem gosta dessas coisas, Rishikesh é um prato cheio. Você fica doido querendo fazer tudo. O porém fica só por conta do comercialismo que existe por parte de uns. Não demora a você ver uns com jeito de pilantra em roupas de monge. Mas, sabendo escolher, você aproveita o lugar sem ser vítima das charlatanices.
Mesas à beira do Ganges e com vista para as colinas num café em Rishikesh |
Você talvez queira saber se, no fim das contas, eu fiz alguns desses cursos "alternativos". Não porque não deu tempo - normalmente você precisa de pelo menos três dias para os mais curtos. Cursos de Tai Chi, por exemplo, podem levar semanas. E muita gente vem pra ficar em longo prazo em Rishikesh. Apesar disso, eu não saí da cidade em branco, hehe. Fui num astrólogo védico! Ou seja, astrólogo da tradição hindu, hehe. Interessante. A maior parte dos planetas são os mesmos mas eles tem uma série de terminologias diferentes, e inclusive uns astros diferentes também (que eles dizem que não são visíveis mas que, no plano energético, estão lá). Eles também fazem a coisa bastante relacionada com pedras, e indicam qual a melhor pra você. (Por isso que praticamente todo homem indiano tem um ou mais anéis nos dedos; as mulheres usam mais anel é no dedo do pé, mas aí é mais pra enfeite). Não, eu não comprei um anel. Achei que seria esquisito eu andar de anel no ocidente parecendo Don Corleone.
Depois de alguns dias em Rishikesh, que usei pra tentar finalizar os escritos da minha pesquisa aqui, voltei ao recanto dos Bhalla em Délhi. Dessa vez Seu Bhalla estava sadio, e Dona Bhalla estava de volta na área. Mais prantha, mais chai, e preparar-se para ir.
Valeu aí a todos que acompanharam, comentando ou não, e espero que tenham gostado de ver e saber um pouco da Índia pelo lado de dentro - e sem maquiagens de novela. (Não precisa; o que é bonito na Índia não precisa de maquiagem, e o que é feio não deve ser escondido, deve ser consertado). Deixo vocês com uma lembrança from India with love, dos indianos para vocês aí do outro lado do mundo, hehe.
http://www.youtube.com/watch?v=qnRjUNKzaug
Pra quem vai ficar com saudade do blog, não se desespere. Como na Globo a novela nunca acaba sem mostrar a nova que começa na segunda-feira, já lhes aviso pra ano que vem aguardarem "Mairon em Java", na Indonésia em abril ou maio (ééé, o lugar onde teve o tsunami, onde agora explodiu o vulcão Merapi... é pra lá mesmo que eu vou). Valeu a todos! Até mais, Índia! Namastê!
Aguardem "Mairon em Java" pra o ano que vem. Templo de Borobudur, na Ilha de Java, Indonésia. |
Blog nota 1000! Obrigada por ter compartilhado vivências, fotos e vídeos de forma tão divertida. Beijos e até breve!
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